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A guerra entre Israel e Irã está gerando preocupações entre a classe produtora brasileira. Para para o vice-presidente da FAESP (Federação da Agricultura do Estado de São Paulo), Cyro Penna Júnior, toda a classe espera que essa guerra entre o Estado de Israel e a República do Irã seja resolvida o mais breve possível, com um mínimo de vidas humanas atingidas. Segundo ele, a guerra pode ameaçar a segurança energética global. “Apesar de ocorrer fisicamente fora do território brasileiro mas com a possibilidade de Israel atacar instalações petrolíferas iranianas, esta guerra poderá ameaçar a segurança energética global, com impactos significativos para a economia e para o setor agropecuário do nosso país, como o aumento no preço do petróleo, dos óleos combustíveis e dos lubrificantes. O óleo diesel é um dos principais itens da produção no campo e a sua escassez poderá encarecer o transporte de insumos, o transporte da produção a partir das fazendas e a distribuição de alimentos até o consumidor final, ou seja, os fretes ao longo de toda a cadeia produtiva ficarão mais caros o que pode causar um aumento generalizado de preços”, afirmou Cyro.
O dirigente da FAESP, lembrou ainda que o Brasil é importador de mais de 80% dos fertilizantes e de 100% da ureia utilizada na agricultura. “17% das importações brasileiras de ureia são provenientes do Irã e em 2024 o Irã produziu 9 milhões de toneladas e vendeu 1,6 milhão ao Brasil. Portanto esta guerra aumenta muito o risco de abastecimento com consequente aumento de preços de adubos nitrogenados, pois o Irã é grande produtor e exportador”, analisou. Outro fator, é o risco de interrupção da logística global com atraso nas entregas, além de atingir o mercado financeiro global, podendo ocorrer fuga de capitais para ativos considerados mais seguros, como o dólar. “Todos estes reflexos dependerão da extensão (tamanho) e da duração deste conflito”, finalizou Cyro.