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6 de junho de 2024Informações do CEPEA – Análise Econômica Semanal
Após dois meses em queda, os preços da laranja para o mercado de mesa devem voltar a subir em junho. O impulso aos valores deve vir da intensificação do processamento industrial da fruta – mais fábricas entram em operação neste mês, limitando, consequentemente, o volume de laranja no segmento in natura. Agentes acreditam que, embora a demanda pela fruta nesta época do ano geralmente seja menor, por conta da redução das temperaturas, a oferta de laranja no mercado in natura ainda deve ficar abaixo da procura. Os preços de negociação da laranja já chegaram a reagir na segunda quinzena em maio, logo depois da divulgação da estimativa de safra pelo Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) indicando menor colheita. Atentos a esse cenário, muitos produtores já deixaram de colher a fruta para o mercado de mesa, no intuito de atender às indústrias. Em maio, o preço médio da laranja pera destinada ao mercado in natura foi de R$ 80,22/cx de 40,8 kg, na árvore, recuo de 11,21% em relação à de abril/24. A variedade rubi foi comercializada à média de R$ 75,69/cx neste mês, desvalorização de 13,98% frente ao anterior. Apesar de os preços médios da laranja em maio fecharem abaixo dos de abril, estes ainda operam em patamares historicamente elevados. Além da previsão de uma safra pequena, os baixos estoques de suco de laranja estão fazendo com que a demanda das fábricas por matéria-prima se mantenha aquecida. Além disso, colaboradores do Hortifrúti/Cepea mostram preocupação com a maior taxa de queda dos frutos, devido ao avanço do greening, um fator que também pode acentuar a redução da oferta. Nesta semana, especificamente, a queda de temperatura e o período de final de mês reduziram a demanda pela fruta no mercado in natura.
Oferta de tahiti pode permanecer controlada em junho
Em junho, a oferta de lima ácida tahiti deve se manter limitada, devido às chuvas abaixo da média durante o desenvolvimento dos pomares. Embora tenha chovido na última semana de maio, os volumes foram poucos, e a chegada do frio também levanta preocupações entre produtores, uma vez que baixas temperaturas podem resultar em alisamento das cascas, característica pouco apreciada por compradores, principalmente externos. Neste caso, ressalta-se que a qualidade da fruta que seria exportada diminuiu, devido aos danos causados pelo orvalho da madrugada – as cascas ficaram queimadas. Além disso, as frutas também não estão crescendo conforme o esperado, permanecendo com calibres menores. Em maio, especificamente, a tahiti teve média de R$ 32,62/cx de 27 kg, colhida, valorização de 18,96% frente à de abril.
Poncã pode voltar a se valorizar no próximo mês
Os preços da tangerina poncã podem reagir agora em junho, sobretudo a partir da segunda quinzena, quando a oferta nos pomares paulistas tende a começar a diminuir. Além disso, a fruta pode ser uma excelente opção de substituição para a laranja e outras frutas, que também estão com preços mais elevados. Por outro lado, valorizações expressivas podem ser freadas por uma redução na demanda, devido à queda nas temperaturas prevista para o próximo mês. Em maio, a tangerina poncã foi comercializada à média de R$ 55,06/cx de 27 kg, na árvore, redução de 27,68% em comparação com o mês anterior.
Cutrale fechará fábrica de sucos na Flórida
A fábrica da Cutrale Citrus Juices USA, em Leesburg, na Flórida, fechará a partir do final de julho, segundo aviso publicado no site do Departamento de Comércio da Flórida. O motivo foi que o principal parceiro de negócios decidiu transferir as operações de embalagem das instalações de Leesburg para suas próprias instalações. A empresa teria comprado a fábrica da empresa Minute Maid, da Coca-Cola, há vários anos. É importante lembrar que várias outras fábricas de processamento de laranja da Flórida fecharam desde o avanço do greening no estado, já que a produção da fruta passou a perder a relevância que possuía em anos passados.
Clima
Segundo a Climatempo, após uma semana de precipitações, as chuvas devem dar uma pausa nos próximos sete dias, com apenas 2 mm de precipitação previstos em Limeira. Nas regiões de Avaré, Bebedouro e Araraquara, não são esperados registros de chuva durante esse período.